Por João Filho de Paula Pessoa
Em fevereiro de 38, uma volante alagoana descansava à beira de uma cacimba,
quando se aproximou um cachorro portando um belo ornamento, uma bonita e
enfeitada coleira, que logo atiçou a desconfiança dos volantes de que seria cão
de cangaceiro e o seguiram avistando mais à frente os cangaceiros Serra Branca,
Eleonora (irmã de Aristéia), Ameaça e outros, iniciando imediatamente os tiros
e a persiga.
Na fuga Serra Branca corria junto com Eleonora, mas foi alvejado
algumas vezes e caiu, com isto Eleonora parou, se virou e abriu os braços para
se render, contudo recebeu um tiro na testa, caindo morta de braços abertos. Os
volantes arrancaram as cabeças de ambos, amarraram uma na outra pelos cabelos e
retornaram ao acampamento, onde já se encontrava a outra parte da volante com a
cabeça decepada de Ameaça. Um padre que criava em segredo o filho de Eleonora e
Serra Branca, ao saber das mortes, convocou em segredo alguns fieis e foram ao
local onde se encontravam os corpos dos cangaceiros e de forma rápida
“encomendaram” e enterraram os corpos nas entranhas da caatinga.
(João Filho de
Paula Pessoa, Fortaleza/Ce.) 04/12/2019.
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