Por José Mendes Pereira
A mãe dos
Ferreira tinha uma porção de nomes os quais são: Maria Sulena da
Purificação, Maria Vieira do Nascimento, Maria Vieira da
Soledade, Maria Lopes da Conceição, Maria Santina da Purificação e Maria
Lusulina da Purificação. E todas é uma só pessoa, isto é uma só Maria, sendo
a mais conhecida Maria Lopes da Conceição.
Era a esposa
do pacato José Ferreira dos Santos ou Silva que foi assassinado pela volante do
tenente Zé Lucena. Ela nasceu no ano de 1873, no Sertão Pajeú, Serra
Talhada, Pernambuco, às margens do Riacho São Domingos um dos afluentes do Rio
São Francisco. Era filha de Manuel Pedro Lopes e D. Maria Jocosa Vieira. Batizou-se
na capela de Vila Bela de São Francisco em Pernambuco, e seus padrinhos
foram: Manoel Pereira da Silva (Manoel da Passagem do Meio), irmão de Padre
Pereira e dona Constância Pereira da Silva (sua segunda esposa) eram os pais de
Sebastião Pereira (Sinhô Pereira, primeiro e único patrão fora-da-lei de
Lampião).
O casamento de
dona Maria Lopes com José Ferreira foi realizado na tarde do dia 13 de outubro
de 1894, na igreja da Paróquia Senhor Bom Jesus dos Aflitos, em Floresta do Navio.
Ele tinha 22 anos e ela tinha 21. A cerimônia foi presidida pelo cônego Joaquim
Antônio de Siqueira Torres. Na pregação o Padre Quincas declarou: "- Tenho
a satisfação de assistir a este enlace matrimonial de gente que conheço: boa,
amiga e cristã. Faço votos ao Bom Jesus Jesus pela felicidade do casal e o
futuro muito grande de seus filhos.
O casal teve
11 filhos dos quais 2 crianças faleceram ainda pequeninas. O terceiro, ficou
famoso: Virgolino, mais tarde, Lampião. É aí, onde essa Maria com tantos
nomes passou para a história.
Maria criou os
filhos com autoridade dentro dos rígidos costumes sertanejos. A vida da família
era pacata, até Virgolino virar cangaceiro. A situação tornou-se insuportável
para ela, sendo obrigada a deixar sua casa, viver de sobressaltos, perseguições
etc. O coração não suportou e Maria Sulena morreu de infarto aos 47 anos em
Alagoas no dia 30 de abril de 1921. Foi enterrada discretamente no Cemitério
Santa Cruz do Deserto.
Algumas informações do livro "Lampião a Rapósa das Caatingas" de José Bezerra Lima Irmão.
http://blogdomendesemendes.blogapot.com
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