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sábado, 2 de maio de 2020

FAZENDA CORURIPE, 1938.


Lampião, Maria Bonita e mais nove cangaceiros, já haviam sido mortos na Chacina de Angico em 28 de Julho. Os cangaceiros sobreviventes se dispersavam, eram caçados, presos ou resolviam se entregar. 

Em setembro, Canário e Penedinho haviam se bandeado para os lados de Poço Redondo, em refúgio na mata densa da Fazenda Coruripe (cerca de três quilômetros após a sede municipal). 

Catingueiras, bonomes, aroeiras, mandacarus e xiquexiques, tufos de matos por todo lugar, tornavam o local com feição de segurança. Mas não para a traição. E aí ela se consumaria de modo frio e calculado. 

Adília companheira de Canário, estava em Propriá. E não sabia que seu primo Penedinho daria cabo, nestes mesmos lajedos da foto abaixo, ao seu companheiro de cangaço. 

Enquanto Canário estava distraído, pelas costas foi alvejado. Depois teve sua cabeça cortada (pelo próprio Penedinho e levada como macabro troféu) e o restante do corpo enterrado nas proximidades (quando da chegada de Zé Rufino em busca dos espólios do cangaço). 

Aquele 6 de setembro de 1938 ainda está moldurado, em tristes lembranças dos tempos idos, na paisagem do Coruripe. Bem ali.

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