Seguidores

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

A MUSA DA CULTURA

Autor: José Di Rosa Maria


Ela é natural por natureza,

Do torrão que nasceu José Ramalho,

Ele um astro da música popular,

Ela deusa do bem e do trabalho;

Seu sorriso transmite poesia,

Ela sente-se vazia de alegria

Não podendo ajudar quem a procura...

Esse título que Mossoró lhe dar,

É bonito, mas era pra mudar

Para musa-madrinha da cultura.

 

Mossoró é tão mãe que tantas mães

São felizes por tanto acolhimento;

E com Lígia se deu a mesma sorte;

Jovem, mãe, companheira de talento,

Que falando de amor se romantiza,

Descobriu-se menina poetisa,

Dançarina, pintora e projetista,

Com a alma mais pública do que dela,

Que no âmago do corpo dado a ela

Adormece um espírito de artista.

 

Relevantes tem sido seus esforços,

Pelo bem da cultura popular;

Elabora projetos pelos outros

Que não sabem nem como começar;

Não usurpa ninguém pelo que faz...

Mossoró tem nas mãos quem corre atrás

Do melhor pra quem morre pela arte,

Eu sou prova de sua lealdade,

Não há nada de arte na cidade

Que essa grande mulher não faça parte.

 

Ela tem o encanto dado as flores,

Também tem a brandura das aragens,

Ao pintar ela dar sempre às paisagens

A beleza que a arte traz nas cores;

Como atriz defensora dos valores,

Na Europa o Nordeste enalteceu,

Com esforços galgou o mérito seu,

Quanto mais privilegiada for,

Fará jus à essência do amor

Desse bom coração que Deus lhe deu.

 

Eu apenas pasmei quando vi nela

Seu amor pelas coisas dos sertões,

Pelo belo das imaginações;

Que com tanta pureza põe na tela,

Quem nascera num ranchinho de taipa,

Hoje afirma que Deus é quem enaipa

As mães cartas que regem seu destino...

Lhe provando sem dúvidas pela fé

Que o seu coração ainda é,

Mil por cento bravio e nordestino.

 

Pela boa vontade, nos conquista,

Mossoró enxergou seu heroísmo;

Ninguém pode esconder seu altruísmo,

Pelo bem que tem feito a tanto artista;

Torna-se cidadã Mossoroense,

Essa grande figura que pertence

Aos palanques e meios sociais,

Com seu porte de ninfa deixa a gente,

Sem saber porque ela tanto sente,

Pelos outros, carinho, amor e paz.

 

Os poemas citados por seus lábios

Enobrecem seus próprios criadores,

Regozija-se quem busca seus favores...

Tanto faz serem rudes como sábios;

Ela troca o stress pela calma,

Quando beija seus sonhos põe a alma

No pincel que utiliza pra pintar...

Parabéns Mossoró acolhedora,

Por lembrar dessa jovem sonhadora

Que nasceu pra amar o verbo amar!

(Homenagem à Lígia Morais).




Enviado pelo autor José Di Rosa Maria.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário