João Tavares
Calixto Júnior
“–
Responda-nos1, agora, Dr2: pessoas vindas de Aurora informam-nos de que, depois
de operado, em face de dois projéteis extraídos, Izaias Arruda teria
pronunciado, dirigindo-se a um de seus irmãos3: Limpe estas balas, ponha-as num
envelope e mande-as para o Júlio Ibiapina4. Diga-lhe que os seus desejos foram
satisfeitos”.
1 – Entrevista
realizada por Mário de Andrade, publicada por Jáder de Carvalho na edição de 14
de agosto de 1928 de A Esquerda, periódico oposicionista de Fortaleza.
2 – Dr.
Virgílio Gomes, 2º Delegado de Fortaleza à época. Foi comissionado pelo
Secretário de Polícia do Estado para presidir o inquérito do assassinato do
Prefeito de Missão Velha Izaias Arruda de Figueiredo.
3 – Antônio
Arruda, irmão mais velho de Izaías, filho do primeiro casamento de seu pai.
Ex-vereador em Missão Velha, tinha participação ativa nas peripécias de Izaías.
4 – Júlio de
Matos Ibiapina. Professor, escritor, membro da Academia Cearense de Letras.
Fundou, em 1924, o jornal oposicionista O Ceará, que durou até 1930,
quando fundou A Nação. Ém O Ceará foi publicada a histórica
fotografia de Izaías Arruda deitado sobre uma mesa, na casa de Dona Felisbela
de Augusto Jucá, na Rua da Estação em Aurora, logo após os disparos que lhe
tirariam a vida, curta, polêmica e tumultuada.
Fonte: João
Tavares Calixto Júnior
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Esta matéria postada me chama atenção para estudar em profundidade a história do Coronel Isaias Arruda, em especial sua morte.
ResponderExcluirTodos acontecimentos do nosso Nordeste, são de grande importância, mesmo aqueles que estão distantes da história do cangaço, despertam-me interesse - muitas vezes pela coragem, até mesmo em demasia.
Grato,
Antonio José de Oliveira -Serrinha-Ba.