Por Ivone Boechat
A Pátria
A Pátria não é o imenso território, nem o ofertório de flores que a Natureza deposita diariamente aos pés do Senhor; não são os rios escandalosamente grandes e lindos que saem por aí dando show de beleza e esplendor;
nem tampouco as montanhas e vales nada tímidos que se escancaram de amor e se declaram publicamente, sem pudor!
A Pátria tem o
suave perfume do auriverde pendão da minha terra, estandarte,
cantado em prosa e verso, abençoado, consagrado e beijado por milhões de
brasileiros...
Minha Pátria
parece uma menina sem juízo: cresceu, apareceu, brilhou e se esqueceu de
se comportar com civismo e se vestir dignamente com a grandeza da potência de
todos os primeiros mundos...
A Pátria sai,
às vezes, de sapato nada alto, enrolada num manto bordado de democracia,
gritando feito louca, sacudindo os chocalhos da dominação...
com essa cara
de viciada em berço esplendido, essa menina-Pátria sabe plantar,
colher e comer sozinha, já é adulta, contudo, não perdeu ainda a
mania de ganhar comida na boca.
Enviado pela professora universitária Ivone Boechat
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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