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domingo, 28 de outubro de 2018

NO TEMPO DA DITADURA - GERALDO MAJELLA MELLO MOURÃO

Por Wikipédia
Da esquerda para a direita - o poeta Geraldo Majella Mello Mourão, o jornalista Osvaldo Peralta, o advogado Tanus Jorge Bastani, Zuenir Ventura peoprietário desta foto, o psicanalista Hélio Pelegrino, o deputado federal João Herculino e um PM não identificado. A  identificação dos outros pertence ao Jornal De Fato de Mossoró. Fonte da foto: https://www.google.com.br

Gerardo Majella Mello Mourão (Ipueiras8 de janeiro de 1917 — Rio de Janeiro9 de março de 2007) foi um poeta, ficcionista, jornalista, tradutor, ensaísta e biógrafo brasileiro. Era membro da Academia Brasileira de Filosofia, da Academia Brasileira de Hagiologia e do Conselho Nacional de Política Cultural do Ministério da Cultura do Brasil. Cofundador da Associação Nacional de Escritores. Era um dos mais respeitados escritores brasileiros no exterior.


Aos 11 anos ingressou no Seminário dos Redentoristas holandeses, em Congonhas do Campo (MG), e, aos 17 anos, tomou o hábito de Santo Afonso de Ligório (fundador daquela Ordem), no Convento da Glória, em Juiz de Fora (MG). Poliglota, aprendeu línguas vivas e deu vida a línguas mortas. Além do Latim e do Grego, o Holandês, o Alemão, o Francês, o Italiano, o Inglês e o Espanhol. Deixou o convento e ingressou em curso de Direito (não concluído).

Influenciado por Tristão de Athayde, filiou-se à Ação Integralista Brasileira, e passou a dedicar-se ao jornalismo e a dar aulas em colégios. O envolvimento com o integralismo o fez ser inúmeras vezes entre 1938 e 1945, ano do fim do Estado Novo. Em 1942, acusado de colaborar com nazistas, foi condenado à morte, pena reduzida a 30 anos de prisão, dos quais cumpriu menos de seis. Tudo não passou de manobra política.

Duas vezes deputado federal, eleito por Alagoas, teve seus direitos políticos cassados em 1969 pelo Regime Militar. Tendo estado no total dezoito vezes preso durante as ditaduras de Getúlio Vargas e de 1964-1985. Numa delas, ficou no cárcere cinco anos e dez meses (19421948). No documentário "Soldado de Deus" (2004)[1], dirigido por Sérgio Sanz, Gerardo Mello Mourão declara que saiu do integralismo no período em que esteve preso pelo Estado Novo de Getúlio Vargas, e afirma, contundentemente, que "foi" integralista e não o era mais desde então. Em 1968 é novamente preso, acusado dessa vez de comunismo pelo AI-5 no período da ditadura militar; nessa ocasião divide cela com nomes como Zuenir VenturaZiraldoHélio Pellegrino e Osvaldo Peralva.[2]

Na década de 1980, foi presidente da Rio Arte e secretário de Cultura do Estado do Rio, além de correspondente da Folha de S. Paulo em Pequim entre 1980 e 1982 (Folha de S. Paulo, São Paulo, 10 mar. 2007, p. C13).
Em alguns dos últimos anos de sua vida, lecionou o Latim no Seminário Maior da Arquidiocese do Rio de Janeiro.

Recebeu o Prêmio Mário de Andrade, da Associação Paulista de Críticos de Arte, em 1972. Já na maturidade, foi candidato a uma cadeira na Academia Brasileira de Letras e foi indicado ao Prêmio Nobel de Literatura em 1979. Em 1999 ganhou o Prêmio Jabuti pelo épico Invenção do Mar.

Foi distinguido em 1993 com o título de "Doutor Honoris Causa" pela Universidade Federal do Ceará. Em 1996 laureado com a "Sereia de Ouro", do Sistema Verdes Mares. Foi eleito em 1997 "O Poeta do Século XX" pela Guilda Órfica, uma muito antiga irmandade secular de poetas.

Hélio Pellegrino chamava-o de “o nosso Dante". Dele disseram Drummond: "É um poeta que não se pode medir a palmo e conseguiu o máximo de expressão usando recursos artísticos que nenhum outro empregou em nossa língua (...). Algumas pessoas pensam que sou o grande poeta do Brasil, mas o grande poeta do Brasil é o Gerardo Mello Mourão". Ezra Pound: "Em toda minha obra, o que tentei foi escrever a epopeia da América. Creio que não consegui. Quem conseguiu foi o poeta de O país dos Mourões". Tristão de Athayde: "Creio que jamais, em nossa história literária, se colocou a poesia em tão alto pódio". Olavo de Carvalho: "Um gênio e incomparável esquisitão".

Gerardo Mello Mourão é pai do artista plástico Tunga, que tem sua obra reconhecida internacionalmente.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Gerardo_Melo_Mour%C3%A3o

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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